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Em CPI, John Textor entrega supostas provas de corrupção no futebol

Em CPI no Senado, John Textor apresenta supostas provas de corrupção no futebol

Durante a sessão da CPI do Senado aberta nesta segunda-feira (22) dedicada a investigar a manipulação de jogos e apostas esportivas, John Textor, o dono da SAF Botafogo, fez declarações contundentes sobre a realidade da manipulação no futebol e entregou supostas provas sobre corrupção no esporte.

“O que nós descobrimos não é nada diferente do restante do mundo, Bélgica, França, toda a Europa. A manipulação de resultados [no futebol] é uma realidade”, afirmou Textor.

Após um depoimento detalhado, John Textor e o presidente da CPI, senador Jorge Kajuru, discutiram um relatório de 180 páginas que, segundo Textor, contém provas de manipulação nos jogos brasileiros.

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As alegações de Textor

Textor foi convidado a depor como testemunha após levantar suspeitas sobre manipulação nos campeonatos de 2022 e 2023.

“Sou dono de um clube, quero ganhar campeonatos e se eu puder provar, além de uma margem de dúvida, que 2022 foi manipulado, que 2023 foi manipulado, juntos de outras evidências de anormalidades, poderia fazer com que o Tribunal Desportivo, a polícia e esse corpo legislativo possam tomar ações”, disse ele.

Segundo Textor, os erros nas partidas não eram simples falhas de interpretação, mas ações intencionais para influenciar o resultado das partidas.

Controvérsias e defesa da integridade esportiva

Em novembro de 2023, Textor criticou fortemente a Confederação Brasileira de Futebol após uma partida polêmica entre Botafogo e Palmeiras, que culminou com sua acusação de que o clube havia sido “roubado”. Essas acusações levaram a uma disputa legal com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Além disso, Textor falou sobre a corrupção no futebol brasileiro e mencionou ter gravações de árbitros discutindo sobre propinas não recebidas.

Debate com Romário e resposta a críticas

Um momento tenso ocorreu quando Romário, agora senador, questionou se Textor estava levantando essas questões para eventualmente vender o clube. O empresário respondeu:

“Com todo o respeito, essa é a pergunta mais estúpida que poderia existir. Se eu quisesse vender a minha participação (no Botafogo), eu não estaria dizendo essas coisas ruins que estão fazendo aqui, não estaria falando de corrupção.”

John Textor promete entregar provas concretas

Após a sessão pública, John Textor prometeu em uma reunião secreta apresentar provas adicionais e nomes de jogadores envolvidos na manipulação de jogos. Estas promessas de revelar informações detalhadas mantêm o público e os envolvidos em alerta para futuros desdobramentos dessa investigação que pode abalar profundamente as estruturas do futebol brasileiro.

*Foto: Roque de Sá/Agência Senado

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